Ser-se pai e ser-se mãe coloca desafios que por vezes são bastante complexos, e até difíceis. Mas, ser-se criança também não é fácil de todo, sobretudo com a enorme panóplia de mudanças que emergem e que necessitam de ser integradas. As crianças oscilam entre um mundo de fantasia e desejam um mundo real e concreto.
Por todas as alterações vivenciadas, é frequente que em alguma etapa as crianças possam apresentar problemas a nível comportamental e emocional que carecem de atenção e cuidado. São períodos de testar limites, descobrindo o que é ou não permitido e autorizado. Há todo um novo mundo de regras e respostas, exigências e descobertas. Com todas estas novas exigências e pressões é frequente que as crianças reagem com birras, choro e em alguns casos até se tornam mais destrutivas e/ou agressivas. Necessitam que lhe seja feita “a” vontade e quando contrariadas emergem sentimentos e emoções que são de grande descontrolo.
Sou apologista de uma educação pautada pelo amor, carinho, respeito e empatia. Para além disto, deve coexistir uma enorme capacidade na gestão de quatro pilares fundamentais: AUTOESTIMA, LIMITES, COMUNICAÇÃO e VALORES. Sempre com uma elevada sensibilidade pela atenção, e pela competência, estimulando comportamentos sociais positivos nas crianças, bem como na sua autoestima.
Ao longo do caminho que é ver um filho crescer e desenvolver-se é importante que os pais/cuidadores se sintam capazes e confiantes de superar os desafios que se colocam e apresentam, nas mais diversas áreas – comportamental, emocional e social. O importante é que os comportamentos não fiquem fora de controlo, mas sim que se dissipem, da forma mais eficaz e competente.
Neste sentido é importante que confiem nos vossos instintos enquanto pais/cuidadores. Aprendam com as dificuldades que emergem de possíveis situações. Riam-se dos vossos enganos e imperfeições, assim como partilhem e recebam apoio. Muito importante: reservem um tempo só para vocês, em conjunto e/ou individual e, ao mesmo tempo divirtam-se na companhia do(s) vosso(s) filho(s).
É importante ter paciência. É importante ouvir. É importante brincar (sim, brincar é uma coisa muito séria!). É importante conversar. Mesmos nos períodos de maior contrariedade e desafio.
Cá estarei, para os que necessitarem de maior apoio.
Até breve,
V.
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